sábado, 21 de março de 2009

O Salto


Falar de suicídio sempre foi um tema bastante delicado pra algumas pessoas... Não pra mim. Fico pensando que já somos mais de 6 bilhões no mundo e não faço a menor idéia de quantos de nós já sentiu vontade de se matar. Mas também não me importo em saber. Sei que muitos já o fizeram.

Embora já tenha desejado “morrer só um pouquinho” ou tenha sentido em muitas ocasiões uma já costumeira “preguiça de existir”, este texto em momento algum quis ser uma ode ao suicídio. Uso apenas o aspecto simbólico deste ato para sugerir que um simples salto pode dar ao corajoso que resolve pular, a condição de liberdade... Seja em sonho ou em vida.

Falo do desejo de libertação de certos padrões, valores e modelos da vida que as pessoas têm levado nas grandes cidades... Cada vez mais sujas, cada vez mais cinzas, cada vez mais caóticas. Esse foi o meu ponto de vista do alto da varanda em que me vi, naquele momento de catarse em que o lápis tocou um pedaço de papel. Isso se transformou em “O Salto”.

A parte sonora, feita por João, já existia antes mesmo de eu escrever o poema. Escrevi sem saber, mas quando falei a João, ele a tirou da manga e ela casou perfeitamente com a atmosfera sugerida no texto.

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