terça-feira, 10 de março de 2009

Muito Barulho Por Nada!

Lembra daquela história de que um grupo de amigos que se conheceu no colégio ou na faculdade resolveu se juntar para formar uma banda? Pois é... Esqueça a banda. Aqui um grupo de amigos resolveu se juntar com um único propósito: fazer barulho.

MUITO BARULHO POR NADA, além de ser uma honrosa menção ao mestre Shakespeare, é também uma forma de (não) deixar clara a despretensão que permeia esse projeto. Aqui vale fazer barulho com tudo: música, prosa, poesia, literatura, cinema, teatro, conversas, risos, espirros, roncos e o que mais a improvisação nos sugerir .

Nada mais a declarar.

Muito Barulho a fazer.

"O resto é silêncio", como diria o camarada Hamlet...


Vamos experimentar um pouco do Coletivo?


Rita

Existe uma música lado B do Capital Inicial que sempre me deixou abalado. Rita, chama-se, e começa dizendo que à frente um horizonte se estende/ visões de você dançam em minha mente / ao entardecer uma dança indecente/ cresce em mim o prazer/ sou multidão e estou só...

A Rita do Dinho Ouro-Preto, Roberto Peixoto e Bozzo Barretti sempre me pareceu uma femme fatale. E eu queria machucá-la, dominá-la para que, assim, pudesse respirar em paz, sem visões de você [que] dançam em minha mente nem minha ânsia pelo seu suor.

Explicando o contexto de surgimento do poema para João Vinícius, ele me sugeriu que, em vez de declamá-lo hermeticamente, deixasse espaço para aquele meu discurso indignado, chocado, molestado. Com a ajuda da sua bela música de fundo, acho que consegui expurgar o fantasma de Rita.


[ficha técnica]

texto - breno fernandes
leitura - breno fernandes
música - joão vinícius




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