MUITO BARULHO POR NADA, além de ser uma honrosa menção ao mestre Shakespeare, é também uma forma de (não) deixar clara a despretensão que permeia esse projeto. Aqui vale fazer barulho com tudo: música, prosa, poesia, literatura, cinema, teatro, conversas, risos, espirros, roncos e o que mais a improvisação nos sugerir .
Nada mais a declarar.
Muito Barulho a fazer.
"O resto é silêncio", como diria o camarada Hamlet...
Vamos experimentar um pouco do Coletivo?
Rita
Existe uma música lado B do Capital Inicial que sempre me deixou abalado. Rita, chama-se, e começa dizendo que à frente um horizonte se estende/ visões de você dançam em minha mente / ao entardecer uma dança indecente/ cresce em mim o prazer/ sou multidão e estou só...
A Rita do Dinho Ouro-Preto, Roberto Peixoto e Bozzo Barretti sempre me pareceu uma femme fatale. E eu queria machucá-la, dominá-la para que, assim, pudesse respirar em paz, sem visões de você [que] dançam em minha mente nem minha ânsia pelo seu suor.
Explicando o contexto de surgimento do poema para João Vinícius, ele me sugeriu que, em vez de declamá-lo hermeticamente, deixasse espaço para aquele meu discurso indignado, chocado, molestado. Com a ajuda da sua bela música de fundo, acho que consegui expurgar o fantasma de Rita.
[ficha técnica]
texto - breno fernandes
leitura - breno fernandes
música - joão vinícius
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