sexta-feira, 16 de setembro de 2011

24 anos sem Peter Tosh, o bad boy do reggae!!

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Cena de cinema de rude boys jamaicanos no dia 11 de setembro de 1987. Em Kingston, Peter Tosh, que devia para Jah e o mundo, estava endividado também com quem nunca é recomendável se envolver: traficantes. 

Os bandidos foram cobrar a dívida, o artista se recusou a atendê-los e recebeu quatro tiros no peito. Morria, aos 43 anos, Winston Hubbert McIntosh, uma das lendas do reggae,  guitarrista e bom cantor com voz de barítono que começou a carreira ao lado de Bob Marley (1945-1981) nos Wailers.| Na foto Bob, Mick e Peter  
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Quem se amarra no roots reggae de Peter Tosh ganha mais um motivo para recordar sua música. Um não, dois. Os dois primeiros discos-solo do compositor: Legalize It, de 1976, e Equal Rights, de 1977, estão de volta às lojas em versões especiais pela gravadora Sony Music.

São caprichadas edições comemorativas contendo dois CDs, cada uma, e com preço sugerido de R$ 39,90: o disco original, acrescido de faixas inéditas com versões demo; e outro com versões alternativas e remixes.  Os textos dos encartes são do jornalista Roger Steffens e do historiador e produtor jamaicano Herbie Miller.

Legalize  
Os dois trabalhos são clássicos do reggae mundial, mas Legalize It é mais emblemático do que foi Peter Tosh. Na capa, ele aparece soltando baforadas de um cachimbo, acocorado no meio de uma grande plantação de maconha.

A música-título pede a liberação da cannabis e sua mensagem até hoje é incisiva - aliás, a banda carioca Planet Hemp usou um sample da canção no hit Legalize Já, no seu álbum de estreia, Usuário, de 1995.

Legalize It foi gravado com participações luxuosas do grupo vocal feminino I-Threes, formado por Marcia Griffiths, Judy Mowatt e Rita Marley (casada com Bob Marley); e de vários músicos dos Wailers, como Anton “Family Man” Barrett e Seeco Patterson.

O segundo CD da reedição de Legalize It traz a mixagem original do disco, feita pelo próprio Peter Tosh, seguida por uma versão alternativa da faixa-título e por seis dubs muito raras. A reedição de Equal Rights segue formato idêntico.

Com participação da ilustre dupla Sly Dunbar (bateria) e Robbie Shakespeare (baixo), Equal Rights ataca(va) o injusto sistema da Jamaica. A música-título é genial: “Todo mundo quer ir para o céu/ Mas ninguém quer morrer/ E eu digo: nós nunca teremos paz/ Até o dia que tivermos direitos iguais e justiça”. 

O trabalho também tem mensagem de africanismo em African e Aparttheid e uma regravação de Get Up, Stand Up, dos Wailers, de onde Tosh saiu por ciúme da liderança de Bob Marley, que também tinha roubado uma namorada do amigo: Rita Anderson.



foto do 1° álbum legalize it 
de 1976 
Tosh e Fábio Jr.  
Peter Tosh, que não conheceu o pai e foi criado por uma tia na favela de Trenchtown, sempre gostou de uma confusão. Biógrafos do cantor dizem que sua rebeldia às vezes beirava o mau-caratismo.

Keith Richards que o diga. Como ele e Mick Jagger haviam contratado Tosh para o selo Rolling Stone Records, em 1978, o guitarrista roqueiro emprestou sua casa de praia em Ocho Ríos, Jamaica, para o rastaman. Ao pedir a casa de volta, Keith foi ameaçado de morte. Resultado: os Stones demitiram o cantor imediatamente.

Peter Tosh veio ao Brasil em 1980 e brilhou no Festival de Jazz de São Paulo. O mais curioso foi sua participação especial na novela Água Viva (TV Globo), de Gilberto Braga, quando cantou Legalize It tendo Fábio Jr. nos vocais de apoio. Reza a lenda que ele fumou toda a maconha que havia no Rio e em São Paulo.



Estas e mais feras do Reggae mundial você ouve as segundas, quartas e sextas no Rastaman Vibration a partir das 17 horas sempre com Ton Andrade !!
                    

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