segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Rock In Rio 2011: Noite do Metal

Por Rodrigo Chamusca.    

 A terceira noite do Rock in Rio foi marcada por uma invasão de camisas negras na cidade do Rock. Mas se engana quem pensa que houve brigas, confusão e pancadaria. Os metaleiros são o público mais animado e participativo que uma banda pode esperar. Irei enumerar algumas impressões que tive durante minha incursão pelo festival.

    Chegada - Ao me aproximar da Cidade do Rock, pude ver uma onda negra que se apoderava da Barra da Tijuca. Milhares de camisetas com estampas de bandas, que iam desde Nirvana até AC/DC, passando por Sepultura, Slipknot e a mais largamente difundida: METALLICA! Andando em direção aos portões da Rock City pude notar a euforia e catarse coletiva que pairavam no ar. Cada grupo que passava pela catraca comemorava como se fosse um gol da seleção brasileira. Tudo havia ficado para trás, a partir daquele momento estávamos em uma realidade paralela.



Sondando o terreno - Convenhamos que há diversas mistificações acerca da figura do "metaleiro". Headbangers cabeludos e mal encarados, dispostos a te chutar até a morte por um simples esbarrão. Essa é a imagem que costuma dominar o imaginário coletivo. Entretanto, não foi difícil perceber que é apenas um ignorante estereótipo, todos ali (ou, pelo menos, larga maioria) queriam extravasar apenas entoando louvores aos Deuses do Rock, e foi o que fizeram, pulando e cantando até não poder mais.

Palco Sunset - Matanza e B. Negão fizeram o dever de casa, e olha que a tarefa é nada simples. A apresentação do Angra foi marcada por rumores do fim da banda (esse assunto dá pano pra manga). Mas as intempéries não foram apenas de relacionamento, por problemas técnicos de equalização e direcionamento das caixas de som endereçadas ao público (P.A.). Simplesmente não havia como ouvir muita coisa além do grave, o que transformou os vocais da soprano Tarja Turunen em uma seqüência de buuuuum bum bum! bum bum! em pleno "The Phantom of the Opera". Quando a situação melhorou (um pouco) a banda tocou sucessos como Carry On e Nova Era (aquela do plágio envolvendo o Parangolé). Perdoem-me, caros leitores, mas não vi a apresentação do Sepultura. Talvez vocês não estariam lendo este texto se eu permanecesse perto do palco.




Palco Mundo - Ainda tento entender os erros de organização que envolvem o Rock in Rio desde os idos 1985. Como Roberto Medina é capaz de elencar a banda Glória para abrir shows como Motörhead, Slipknot e Metallica e deixar Sepultura no Palco Sunset? Quase uma heresia! O público, como era de se esperar, foi hostil com a banda metalcore paulistana. Verdadeiros gênios na auto-intitulada "Arte de Fazer Inimigos", obtiveram profundo êxito nessa árdua tarefa. Dignos de piedade, gritavam coisas como "vai se f.....!" e "é tudo meu!", típica atutude poser. Não deveriam estar ali, definitivamente.



 Pra curar a ressaca moral pós-Gloria, subiu ao palco a banda americana Coheed and Cambria, abrindo o show com a trilha sonora do filme Inception (A Origem). A apresentação seguiu morna até que eles tocaram  The Trooper do Iron Maiden, levantando todos que estavam sentados no gramado. Motörhead é uma atração à parte, os vocais de Lemmy Kilmister e seus amplificadores Marshall colaboraram para a aura de Rock Clássico que dominou o show. Ace of Spades foi a música mais cantada pelo público. Slipknot fez os fãs irem ao delírio, efeitos pirotécnicos e músicas com muita energia levantaram e fizeram se abaixar as cem mil pessoas ali presentes. Ao fim da apresentação, Corey Taylor agradeceu, profundamente emocionado, ao público, dizendo ser aquele o melhor show da vida dele.





Para descrever a apresentação do Metallica só há uma palavra: Antológica! Por duas horas os californianos cantaram junto com o público, que era conduzido por James Hetfield como em uma orquestra. A banda mais aguardada da noite fez estremecer o chão da Cidade do Rock, a começar por Ecstasy of Gold de Ennio Morricone, que prenunciava o início da apresentação. A platéia insandecida cantou quase todo o show, num coro uníssono em músicas como Fade to Black e Master of Puppets. O poder que a banda exercia sobre o público foi levado ao extremo das emoções, ao fim da melódica Nothing Else Matters emendou-se Enter Sandman, resultado: catarse e histeria coletiva televisionada. Pra encerrar a noite, nada como um charminho dos músicos que fingiram sair do palco, sugerindo de estar muito tarde e ser hora de dormir, pra retornar aclamados e fechar a noite gloriosa (ooops!) do metal com SEEK AND DESTOY!!!
Ao fim de intermináveis aplausos e agradecimentos, foi estendida uma bandeira em homenagem a Cliff Burton (1962-1986), primeiro baixista do Metallica que durante o show foi lembrado na música Orion.


E assim foi a noite do metal na quarta edição carioca do Rock In Rio.
Rio de Janeiro 26/09/2011.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Enquanto isso...

Cláudio Jensen
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OFICINAS DE LOCUÇÃO
E EDIÇÃO DE ÁUDIO
 







Nos dias 16 e 17 a Rádio Facom ofereceu aos seus calouros 2011.2 as tradicionais oficinas de locução com Tedson Souza, e edição de áudio com Cydo Sylva e Leo Moreira; e, como auxiliar, a monitora Gislene Ramos. Foram dois dias bastante produtivos e de puro aprendizado!




Leo Moreira




Tedson Sousa
Cydo Sylva












Na sexta-feira, enquanto aguardavam ansiosamente a chegada de Tedson, os calouros já iam conversando descontraidamente com os nossos monitores, e disseram um pouco para nós quais as expectativas em relação à oficina e para com a Rádio Facom, visto que muitos deles mostraram interesse em se juntar à nossa família radiofônica, seja em locução de programas, seja na produção. Muitas foram as expectativas dos calouros...

Renata Farias



Raquel Muniz

Maria Ribeiro

Bruno Santos


Susana Rebouças







Tedson, figura cativa da Rádio Facom, com toda a sua simpatia marcante e histórias hilárias dos bastidores da comunicação iniciou a oficina dando um panorama geral da importância do rádio ao longo dos anos em nossa sociedade, e findou com dicas sobre como deveriam encarar as oportunidades no mercado de trabalho.

Igor Tiago





Os calouros também fizeram a gravação de uma leitura, que em seguida foi avaliada com as considerações de Tedson.


Mário Rafael
Jéssica Lemos



Jonas Nogueira
Vinicius Carvalho



Gabriel Rodrigues

Marta Mendes

No sábado, dia da Edição de áudio, com Cydo e Léo Moreira, os calouros fizeram a gravação de um texto, o qual foi aproveitado para aprenderem a intercalar falas, além de fazer mixagem e obterem dicas de background. 




terça-feira, 20 de setembro de 2011

Lula recebe título de Doutor Honoris Causa da UFBA

A Rádio Facom esteve presente na solenidade de entrega do título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia ao ex-presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira, 20, às 11h, no Salão Nobre da Reitoria da UFBA.

Inúmeras autoridades de vários segmentos da sociedade marcaram presença. Entre os principais, a reitora Dora Leal, o ex-reitor da UFBA e ex-governador da Bahia, Roberto Santos, atual governandor Jaques Wagner, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, o  prefeito de Salvador, João Henrique, ex-reitor e professor Naomar Almeida, muitos vereadores e deputados.
Lula agradeceu a homenagem e dedicou o título a todos que contribuíram para a diminuição da desigualdade social nos últimos anos.
O Conselho Universitário da UFBA, atendendo a proposta da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, decidiu pela outorga do título em 30 de outubro de 2002, três dias após a conquista do seu primeiro mandato como presidente.

Todos os detalhes você confere no Universidade Notícia desta quinta-feira, a partir das 13:30 até as 14:00, pela Rádio Facom.

Confira algumas fotos da cerimônia:




 








sexta-feira, 16 de setembro de 2011

24 anos sem Peter Tosh, o bad boy do reggae!!

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Cena de cinema de rude boys jamaicanos no dia 11 de setembro de 1987. Em Kingston, Peter Tosh, que devia para Jah e o mundo, estava endividado também com quem nunca é recomendável se envolver: traficantes. 

Os bandidos foram cobrar a dívida, o artista se recusou a atendê-los e recebeu quatro tiros no peito. Morria, aos 43 anos, Winston Hubbert McIntosh, uma das lendas do reggae,  guitarrista e bom cantor com voz de barítono que começou a carreira ao lado de Bob Marley (1945-1981) nos Wailers.| Na foto Bob, Mick e Peter  
nn
Quem se amarra no roots reggae de Peter Tosh ganha mais um motivo para recordar sua música. Um não, dois. Os dois primeiros discos-solo do compositor: Legalize It, de 1976, e Equal Rights, de 1977, estão de volta às lojas em versões especiais pela gravadora Sony Music.

São caprichadas edições comemorativas contendo dois CDs, cada uma, e com preço sugerido de R$ 39,90: o disco original, acrescido de faixas inéditas com versões demo; e outro com versões alternativas e remixes.  Os textos dos encartes são do jornalista Roger Steffens e do historiador e produtor jamaicano Herbie Miller.

Legalize  
Os dois trabalhos são clássicos do reggae mundial, mas Legalize It é mais emblemático do que foi Peter Tosh. Na capa, ele aparece soltando baforadas de um cachimbo, acocorado no meio de uma grande plantação de maconha.

A música-título pede a liberação da cannabis e sua mensagem até hoje é incisiva - aliás, a banda carioca Planet Hemp usou um sample da canção no hit Legalize Já, no seu álbum de estreia, Usuário, de 1995.

Legalize It foi gravado com participações luxuosas do grupo vocal feminino I-Threes, formado por Marcia Griffiths, Judy Mowatt e Rita Marley (casada com Bob Marley); e de vários músicos dos Wailers, como Anton “Family Man” Barrett e Seeco Patterson.

O segundo CD da reedição de Legalize It traz a mixagem original do disco, feita pelo próprio Peter Tosh, seguida por uma versão alternativa da faixa-título e por seis dubs muito raras. A reedição de Equal Rights segue formato idêntico.

Com participação da ilustre dupla Sly Dunbar (bateria) e Robbie Shakespeare (baixo), Equal Rights ataca(va) o injusto sistema da Jamaica. A música-título é genial: “Todo mundo quer ir para o céu/ Mas ninguém quer morrer/ E eu digo: nós nunca teremos paz/ Até o dia que tivermos direitos iguais e justiça”. 

O trabalho também tem mensagem de africanismo em African e Aparttheid e uma regravação de Get Up, Stand Up, dos Wailers, de onde Tosh saiu por ciúme da liderança de Bob Marley, que também tinha roubado uma namorada do amigo: Rita Anderson.



foto do 1° álbum legalize it 
de 1976 
Tosh e Fábio Jr.  
Peter Tosh, que não conheceu o pai e foi criado por uma tia na favela de Trenchtown, sempre gostou de uma confusão. Biógrafos do cantor dizem que sua rebeldia às vezes beirava o mau-caratismo.

Keith Richards que o diga. Como ele e Mick Jagger haviam contratado Tosh para o selo Rolling Stone Records, em 1978, o guitarrista roqueiro emprestou sua casa de praia em Ocho Ríos, Jamaica, para o rastaman. Ao pedir a casa de volta, Keith foi ameaçado de morte. Resultado: os Stones demitiram o cantor imediatamente.

Peter Tosh veio ao Brasil em 1980 e brilhou no Festival de Jazz de São Paulo. O mais curioso foi sua participação especial na novela Água Viva (TV Globo), de Gilberto Braga, quando cantou Legalize It tendo Fábio Jr. nos vocais de apoio. Reza a lenda que ele fumou toda a maconha que havia no Rio e em São Paulo.



Estas e mais feras do Reggae mundial você ouve as segundas, quartas e sextas no Rastaman Vibration a partir das 17 horas sempre com Ton Andrade !!
                    

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Direito autoral, propriedade intelectual e plágio



O programa Universidade Notícia dessa quinta-feira traz uma entrevista com o diretor e professor do Instituto de Ciências da Informação - UFBA, Rubens Ribeiro, falando sobre o evento organizado pela unidade em parceria com a Academia de Letras Jurídicas da Bahia, que vai debater plágio e direito autoral na próxima quinta-feira, 15, na ALJBA, no bairro da Graça, às 14h.
Entre os assuntos abordados pelo diretor, está o desenvolvimento de um aplicativo capaz de identificar plágio em trabalhos acadêmicos, um projeto do ICI.
Não deixe de conferir o informativo semanal sobre a universidade que vai ao ar todas as quintas, às 13:30 aqui pela Rádio Facom.